Crianças e redes sociais: já é hora de deixar seu filho estar na internet?

Restringir o uso de videogame e televisão na criação dos filhos já é um grande desafio para os pais, imagine controlar o uso das redes sociais? Costuma causar ainda mais receio nos responsáveis, pois a segurança e a exposição dos seus filhos entram em jogo. 

Chega uma certa idade em que se torna impossível controlar o uso da internet, sendo imprescindível o monitoramento próximo e o diálogo transparente. Mas, quando começar por este caminho?

Segundo o estudo da Officina Sophia, ao menos 62% das crianças entre 7 e 12 anos usuárias de internet acessam uma rede social. Essa mesma pesquisa mostrou que 65% disseram não ter regras ou tempo determinado para acessar a internet.

Apesar disso, o uso da internet não é recomendado antes dos 13 anos de idade. Não é à toa que os  Termos de Uso do Facebook indicam essa idade mínima para se usar a rede social. Entenda os principais motivos.

Conteúdo Inapropriado

O ambiente das mídias sociais é totalmente propício para se encontrar conteúdos inapropriados como pornografia, violência, apologia às drogas e todos os assuntos que os pais desejam manter longe de seus filhos, pelo menos até alcançarem certa idade e discernimento necessário para lidar com esses assuntos.

Crimes virtuais

As crianças estão muito mais vulneráveis aos crimes virtuais que afetam 42 milhões de brasileiros. Eles estão cada dia mais sofisticados e mascarados: links acompanhados por imagens atrativas, promoções ou jogos servem para roubar dados do computador, gerar vírus para o dispositivo ou instigar a criança a fazer o uso do cartão de crédito dos pais em uma tentativa de golpe bancário.

Rastreabilidade fácil

Normalmente as redes sociais oferecem a localização dos usuários ao enviar mensagem pelo celular. Além disso, disponibilizam recursos com esse intuito, como os marcadores de foto com locais indicados. Sem o bloqueio dessas funções, a criança se torna vulnerável e alvo de pessoas mal intencionadas.

Maus exemplos na rede

Uma criança não possui condições suficientes para entender o que é certo ou errado, sendo demasiadamente influenciável. Além disso, se encontra em uma fase determinante de seu desenvolvimento pessoal, no processo de construção de valores, virtudes e traços culturais.

Na internet, as crianças podem ter contato com qualquer tipo de informação que podem impactar negativamente em suas atitudes e, além disso, afastá-las do hábito da leitura, do bom uso da Língua Portuguesa e dos estudos, pois elas não possuem maturidade para entender isso.

Exposição perigosa

“Uma vez que caiu na rede, para sempre na rede”. Qualquer conteúdo inapropriado pode ser exposto para sempre na internet. Cibercriminosos podem usar as fotos de boa qualidade para montagens ou disponibilizá-las em sites de conteúdo abusivo e pornográfico. Além disso, manter públicas fotografias de crianças pode ajudar outras crianças que praticam bullying a usá-las de forma inadequada.

Bullying e assédios

Uma das maiores preocupações dos pais atualmente é o ciberbullying (bullying virtual). Isso porque praticar esse tipo de assédio se tornou muito mais fácil na internet. Crianças podem ser significativamente impactadas, sofrendo sérios traumas com graves consequências para o resto da vida.

Se seu filho já completou 13 anos, converse com ele sobre o bom uso das redes sociais e os riscos existentes. Mantenha um diálogo sempre próximo, faça pergunta sobre seus hábitos online e, claro, mostre que existem limites. Nada de ficar no celular durante os estudos, as refeições e nos momentos em família.

Você tem dúvidas sobre o momento certo de dar um celular para o seu filho? Saiba a resposta.

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